Novo relatório da Tenable: como a complexidade e a segurança deficiente de IA colocam os ambientes de nuvem em risco
Essa pesquisa, encomendada pela Tenable e desenvolvida em colaboração com a Cloud Security Alliance, alerta que a rápida adoção da nuvem e da IA, juntamente com identidades perigosas e uma postura reativa, deixa as organizações expostas. O relatório recomenda uma mudança estratégica para a segurança preventiva com uma visão unificada do risco e uma governança de identidade madura.
Principais conclusões
- As organizações estão adotando rapidamente tecnologias de nuvem e IA sem a segurança adequada, criando uma exposição significativa a violações que poderiam ser evitadas.
- Agora, a identidade é responsável pela maioria das violações, mas muitas organizações dependem de controles básicos, ignorando lacunas de governança mais profundas.
- É necessária uma mudança estratégica de uma postura de segurança reativa e baseada em incidentes para uma abordagem proativa, unificada e preventiva a fim de gerenciar os riscos da nuvem e da IA de forma eficaz.
Primeiro, as más notícias: embora adotem ansiosamente a nuvem e a IA, muitas organizações não têm as devidas proteções de segurança cibernética, o que cria uma lacuna perigosa.
A boa notícia? Essas organizações podem domar as ameaças de IA e de nuvem mudando para a segurança preventiva e obtendo uma visibilidade clara e integrada do seu ambiente.
Esta é a principal conclusão do relatório da pesquisa "O estado da segurança de IA e nuvem 2025", encomendado pela Tenable e desenvolvido em colaboração com a Cloud Security Alliance.
Vamos detalhar as principais conclusões do relatório e o que você pode fazer com elas.
A superfície de ataque moderna é ampla e fragmentada
Esta é a nova realidade das equipes de segurança: elas precisam proteger um ambiente amplo e complicado, que está parcialmente no local e parcialmente em vários provedores de nuvem, com novas ferramentas de IA surgindo em todos os lugares.
O relatório, baseado em uma pesquisa com 1025 profissionais de TI e segurança mundialmente, constatou que:
- 82% trabalham em ambientes híbridos
- 63% utilizam dois ou mais provedores de nuvem
- 55% já usam IA, enquanto outros 34% a estão testando
Em resumo, as organizações estão empolgadíssimas com tudo o que se refere à nuvem e à IA, mas, em muitos casos, seus planos de segurança da nuvem não conseguem proteger essa superfície de ataque ampliada e fragmentada.
Vamos dar uma olhada em alguns dos principais obstáculos.
Gerenciamento de identidade e acesso deficiente
Muitas organizações usam métodos rudimentares de proteção de gerenciamento de identidade e acesso (IAM). Isso é um problema, porque as identidades constituem o perímetro de segurança nesses ambientes heterogêneos e sem fronteiras.
Para 59% dos entrevistados, identidades perigosas e permissões arriscadas foram classificadas como o maior risco de segurança. Eles listaram três problemas relacionados à identidade entre as quatro principais causas de violações na nuvem:
- Excesso de permissões, como contas ou funções com excesso de privilégios (31%)
- Controles de acesso inconsistentes nos ambientes de nuvem (27%)
- Higiene de identidade deficiente, como a falta de autenticação multifator (27%)
Além disso, quando indagados sobre seus principais desafios de segurança da nuvem, disseram que suas equipes de nuvem e IAM não estão em sintonia (28%) e que enfrentam dificuldades para aplicar o acesso com privilégios mínimos (21%).
Outro problema: os métodos das organizações para monitorar o risco de identidade são básicos, com poucas métricas de rastreamento de problemas como uso indevido de privilégios e anomalias de acesso.
"Os dados mostram uma imagem da identidade como uma ameaça bem reconhecida e uma disciplina ainda em amadurecimento no gerenciamento seguro", diz o relatório.
Para aumentar a segurança do IAM, as recomendações do relatório incluem:
- Reestruturação de programas e sistemas de IAM
- Melhorar a coordenação entre as equipes de nuvem e IAM
- Mudar para indicadores de risco de identidade e resiliência mais dinâmicos
Olha, mamãe, sem as mãos! Avançar rapidamente com a IA sem controles de segurança suficientes
Como 89% das organizações já usam IA (55%) ou a testam em projetos-piloto (34%), as equipes de segurança cibernética estão fazendo o possível para proteger esses sistemas: 34% já sofreram uma violação relacionada à IA.
"As organizações estão agindo rapidamente para implementar a IA, mas sua compreensão dos riscos e de como mitigá-los ainda parece imatura", diz o relatório.
Para começar, as equipes de segurança estão preocupadas com as coisas erradas. Elas estão focadas em ameaças emergentes, como a manipulação de modelos de IA. Mas a atenção delas deve estar voltada para os suspeitos usuais do mundo cibernético: software sem patches, ameaças internas, configurações incorretas e autenticação com credenciais fracas.
"Esse desalinhamento sugere que muitos programas de segurança ainda tratam a IA como algo fundamentalmente novo, em vez de aplicar princípios comprovados de segurança da nuvem e identidade a esses novos sistemas", diz o relatório.

(Fonte: relatório "O estado da segurança de IA e nuvem 2025", encomendado pela Tenable e desenvolvido em colaboração com a Cloud Security Alliance)
Outros pontos fracos: Segurança reativa, lacunas de habilidades
O relatório prossegue com a análise de outros obstáculos à segurança da nuvem e da IA, incluindo:
- A lacuna de habilidades: cerca de um terço dos entrevistados citou a falta de conhecimento como seu principal desafio, o que leva a estratégias confusas, verbas insuficientes e incompreensão dos riscos da nuvem pelos líderes executivos.
- Uma postura de segurança reativa: o indicador-chave de desempenho (KPI) mais comumente monitorado pelos entrevistados é a frequência e a severidade dos incidentes de segurança (43%). Isso sinaliza uma abordagem de espelho retrovisor, que prioriza a resposta a crises à redução proativa de riscos — uma estratégia equivocada, porque a maioria das violações de nuvem e IA pode ser evitada.
Como podemos corrigir isso?
O relatório atua como um alerta para as equipes encarregadas da segurança da nuvem e da IA, pressionando por uma mudança estratégica, abandonando ferramentas fragmentadas, práticas de identidade imaturas e uma mentalidade reativa.
Alguns entrevistados já estão tomando medidas na direção certa, por exemplo, adotando o gerenciamento de exposição (58%) para o monitoramento unificado da segurança e a priorização de riscos; e o gerenciamento da postura de segurança na nuvem (57%).

(Fonte: relatório "O estado da segurança de IA e nuvem 2025", encomendado pela Tenable e desenvolvido em colaboração com a Cloud Security Alliance)
As recomendações do relatório incluem:
- Obter uma visão única de tudo: visibilidade e controles integrados são fundamentais para gerenciar a complexidade das cargas de trabalho no local, na nuvem e de IA.
- Aumentar a segurança da identidade: aprimore a governança de identidade para todas as identidades humanas e não humanas que precisem de acesso.
- Focar na prevenção, não só na reação: passar da segurança reativa para a proativa é fundamental para se manter à frente das ameaças em evolução.
"A maturidade da segurança depende do alinhamento estratégico e do planejamento orientado por riscos. As organizações que vão além de soluções e produtos individuais estarão mais bem equipadas para proteger ambientes de nuvem e IA em evolução", diz o relatório.
Para obter todos os insights de IA e segurança da nuvem, faça download do relatório "O estado da segurança de IA e nuvem 2025" hoje mesmo!
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